Skip to main content

A sua empresa está crescendo… mas será que esse crescimento é realmente sustentável? Ou será que o avanço no faturamento está ocultando ineficiências graves na operação, como o excesso de estoques e a imobilização de recursos?

No 6º episódio do Podcast Insights Lean, Ricardo Borgatti recebe Carlos Alex Moreira, Diretor VP de Operações da FQM (Farmoquímica), para discutir um caso emblemático de como o crescimento acelerado pode esconder problemas estruturais. Em 2008, mesmo em pleno crescimento, a FQM chegou a considerar um alto investimento em um novo depósito para semiacabados. No entanto, ao aplicar a visão Lean Demand Driven, foi possível reorganizar o fluxo produtivo, evitar o gasto e eliminar desperdícios antes invisíveis.

Este blog é baseado na conversa desse episódio e explora como o excesso de estoques pode surgir mesmo em empresas em expansão, os riscos financeiros envolvidos e como uma gestão orientada por fluxo pode transformar essa realidade.

Acompanhe conosco!

O crescimento que mascara ineficiências operacionais

Crescer é o objetivo de qualquer empresa. Mas quando esse crescimento ocorre sem um modelo operacional eficiente, ele pode gerar um falso senso de sucesso. Foi exatamente esse o cenário enfrentado pela FQM.

A empresa estava em franco crescimento, lançando produtos com frequência, ampliando portfólio e investindo em inovação. No entanto, o chão de fábrica enfrentava outra realidade: corredores abarrotados de materiais, processos travados e uma operação cada vez mais ineficiente.

Como descreve Carlos Alex Moreira no 6º episódio do Podcast Insights Lean:

“Eu me lembro de que o primeiro projeto em que eu esbarrei, quando comecei a trabalhar, era a construção de um depósito para material semiacabado. A gente ia construir um prédio com elevador para guardar o material semiacabado, porque não dava mais para transitar pelos corredores da produção de tanto material semiacabado.”

Esse excesso de estoques intermediários é um sintoma clássico de sistemas empurrados de produção — onde se fabrica sem conexão com a real demanda. O resultado? Capital imobilizado, espaço físico comprometido e uma falsa sensação de produtividade.

Leia também: Produção Puxada: Como aplicá-la na indústria?

Excesso de estoques: o custo oculto do crescimento

Estoques elevados de semiacabados não apenas consomem espaço físico e recursos financeiros, como também representam um risco estratégico. Produtos em processo acumulados exigem controle rigoroso, geram retrabalho e dificultam a visualização dos fluxos reais.

Carlos Alex compartilha uma reflexão direta sobre essa percepção equivocada:

“Tinha mais estoque de semiacabado do que de matéria-prima de produto acabado na rua. E foi um momento muito interessante, porque a empresa estava em franco crescimento, lançando um produto atrás do outro. Com o suporte do grupo Roemmers, a gente estava trazendo muitas moléculas dos Estados Unidos e da Europa, algumas já eram cópias, similares de outras medicações que já existiam naquele momento no Brasil, mas outras eram inéditas.”

Esse tipo de cenário revela um problema profundo: a desorganização dos fluxos e a ausência de sincronismo entre planejamento e execução. O resultado é um ambiente onde o retrabalho se multiplica, a gestão se torna reativa e o lead time aumenta.

Leia também: Lead Time Industrial: Alcance melhores resultados financeiros!

A virada Lean Demand Driven: revelando desperdícios antes invisíveis

A transformação começou quando a FQM decidiu interromper o projeto do novo depósito e buscar um novo modelo de gestão. A escolha pela abordagem Lean Demand Driven foi determinante para reestruturar os fluxos e reverter a lógica empurrada por um sistema de produção puxada, com base na demanda real.

Como relembra Carlos Alex Moreira:

“A gente começou a fazer a prospecção da parceria para trabalhar com a consultoria Lean, e aí, dei a sorte de encontrá-lo, da gente se conhecer, começamos a trabalhar…”

A parceria com a Borgatti Consulting foi o ponto de partida para essa virada, que reorganizou a operação em torno dos conceitos de fluxo contínuo, supermercado e planejamento rítmico. Com isso, foi possível:

  • Reduzir drasticamente os estoques intermediários; 
  • Liberar espaço físico na planta; 
  • Aumentar a capacidade sem novos investimentos; 
  • Melhorar o nível de serviço e a resposta ao mercado. 

O resultado? Um salto de eficiência operacional sem a necessidade de expandir fisicamente a estrutura.

Quer entender como essa virada foi construída na prática e os detalhes dessa transformação? Clique aqui e assista ao 6º episódio do Podcast Insights Lean! Acompanhe o relato completo de Carlos Alex Moreira, Diretor VP de Operações da FQM

E para ver como essa transformação evoluiu nos anos seguintes, gerando 232% de aumento de produtividade e redução de 229% nos atrasos, clique aqui e conheça o case de sucesso completo da FQM com a Borgatti Consulting.

Transforme o seu crescimento em eficiência real!

Como vimos, crescimento com desperdício não é crescimento sustentável. O caso da FQM mostra que, ao aplicar uma visão de fluxo baseada na real demanda, é possível transformar gargalos em oportunidades e evitar investimentos desnecessários.

Quer descobrir se sua empresa também está crescendo com desperdícios ocultos?

Entre em contato com a Borgatti Consulting e conheça nossas soluções para transformar sua operação com base em princípios Lean Demand Driven.

Para saber mais sobre nossa expertise, leia: Gestão de Operações de Alta Performance: por que contar com a Borgatti Consulting?

Se este conteúdo contribuiu para sua reflexão, recomendamos a leitura de outros artigos em nosso blog:

Mantenha-se conectado conosco! Siga a Borgatti Consulting em nossos canais de comunicação: LinkedIn, Facebook, Instagram, YouTube!