Sua empresa já avançou em diversas melhorias, mas o lead time continua longe do ideal? Mesmo com a produção organizada, os prazos seguem elevados e a operação parece travada em pontos difíceis de identificar? No 6º episódio do Podcast Insights Lean, Ricardo Borgatti conversa com Carlos Alex Moreira, Diretor VP de Operações da FQM (Farmoquímica), que compartilha como a gestão Lean permitiu identificar gargalos antes invisíveis — como no controle de qualidade — e reduzir o tempo de liberação de produtos de 15 para 5 dias. Uma mudança só possível com visão sistêmica e foco no fluxo.
Este blog é inspirado nessa conversa inspiradora e explora como aplicar a Gestão Lean e os princípios do Lean Manufacturing pode ajudar sua empresa a descobrir os verdadeiros entraves operacionais e reduzir o lead time de forma estruturada e sustentável.
Vamos lá?
Gestão Lean além da produção: quando o gargalo muda de lugar
Em muitos projetos Lean, o foco inicial está em organizar o chão de fábrica. E, de fato, essa etapa gera ganhos. No entanto, é comum que, após melhorias significativas, o gargalo migre para outras áreas — como planejamento, logística, ou controle de qualidade — onde a lógica de fluxo ainda não foi aplicada.
Foi exatamente isso que aconteceu na FQM, como compartilha Carlos Alex Moreira:
“Quando a gente começou o projeto, o nosso lead time era de quase 50 dias — 48, 47, por aí. Tinha um produto que era 80 dias. E a gente conseguiu, em muito pouco tempo… Eu acho que o lead time é uma das primeiras coisas, os primeiros bons resultados que aparecem quando você implementa a ferramenta, implementa a filosofia. Ele reduziu para 15 dias. Baixou para 20, depois 17, chegou a 15 — já tivemos lead time de 12, 13 dias.”
Essa percepção só foi possível graças à aplicação da gestão Lean com base na análise de fluxo. Mapeando o lead time real, a FQM descobriu que a produção já estava eficiente — mas o gargalo tinha se deslocado para o setor de controle de qualidade.
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Como a Gestão Lean revela gargalos ocultos
Ao aplicar a gestão Lean de forma estruturada, sua empresa consegue enxergar o fluxo completo, com todos os seus tempos e esperas. Isso permite:
- Identificar gargalos fora da produção, como liberação, expedição, abastecimento ou decisão gerencial;
- Evitar ações paliativas e atacar a causa raiz dos atrasos no lead time;
- Priorizar iniciativas que têm impacto direto no fluxo e no tempo de entrega ao cliente.
Carlos Alex explica como esse diagnóstico permitiu agir com precisão:
“E aí a gente foi ver que esse produto, no processo, ele durava 4 dias só — que era um processo super otimizado. Mas para ser liberado eram mais 15 dias. Então, assim, você conseguiu imediatamente identificar o gargalo de forma rápida. E aí a gente virou para o controle de qualidade e falou: ‘Eu faço o produto em 4 dias, você leva 15 dias para aprovar!’ […] Hoje o lead time baixou para 5 dias no total — tanto de produção quanto de controle de qualidade.”
Esse salto de eficiência só foi possível com a aplicação sistêmica da metodologia Lean Demand Driven, quebrando silos, integrando processos e orientando decisões com foco no cliente e na redução do lead time global.
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Identifique e ataque gargalos com foco em lead time
Veja como a Gestão Lean, com base nos fundamentos do Lean Manufacturing e orientada pela lógica Lean Demand Driven, pode ser aplicada para localizar e eliminar gargalos ocultos:
1. Mapear o lead time real
- Documente o tempo total desde o disparo da ordem até a liberação do produto;
- Registre o tempo de diferentes etapas: fabricação, embalagem, espera, inspeção, aprovação e transporte;
- Identifique onde o fluxo para ou desacelera.
2. Avaliar o fluxo com visão sistêmica
- Use ferramentas como o VSM (Value Stream Mapping, ou Mapa de Fluxo de Valor) para visualizar conexões entre áreas;
- Verifique se as rotinas de decisão, abastecimento ou qualidade seguem a lógica de fluxo puxado.
3. Atuar com priorização
- Trate os gargalos reais, mesmo que estejam fora da “linha de produção”;
- Reforce a comunicação entre setores e oriente as metas para redução do lead time global, não só local.
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Gestão Lean aplicada à cadeia completa: o caso FQM
O que começou como uma reorganização da produção evoluiu para uma transformação sistêmica. A FQM aplicou a Gestão Lean em áreas como planejamento, controle de qualidade e desenvolvimento de novos produtos.
Essa integração só foi possível porque a empresa passou a operar com base em fluxo, sincronismo e capacidade real. Como destaca Ricardo Borgatti no 6º episódio do Podcast Insights Lean, ao aplicar a metodologia Lean Demand Driven na FQM:
“A força da visão de fluxo orientada — a metodologia que a gente denomina, na Borgatti Consulting, de Lean Demand Driven, que é bem orientada para a demanda — é você organizar em fluxo, estabelecer o sistema puxado. É muito poderoso. Aparece capacidade onde você achava que não tinha. Aparece espaço onde você achava que não tinha. Então, é uma visão de fluxo orientada, ritmada; com a produção ritmada, ela é muito poderosa.”
Quer ver como essa jornada gerou resultados impressionantes? Clique aqui e leia o case de sucesso completo: Lean Manufacturing: A transformação da FQM que alcançou 232% de aumento de produtividade e reduziu atrasos em 229%.
E para assistir ao 6º episódio do Podcast Insights Lean, clique aqui! Acompanhe o bate-papo completo com Carlos Alex Moreira, Diretor VP de Operações da FQM.
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Reduza seu lead time com Gestão Lean e apoio especializado
Se sua empresa ainda enfrenta gargalos que parecem invisíveis, mesmo após melhorias operacionais, é hora de aplicar a gestão Lean de forma sistêmica e estratégica.
A Borgatti Consulting apoia organizações a:
- Identificar e eliminar gargalos reais em toda a cadeia de valor;
- Reduzir lead time com foco em fluxo puxado e atendendo a demanda real;
- Integrar áreas operacionais, de qualidade, planejamento e novos produtos em uma cultura orientada a resultados.
Entre em contato agora mesmo com nossos especialistas e descubra como tornar seu lead time um diferencial competitivo.
Para saber mais sobre nossa atuação, leia: Gestão de Operações de Alta Performance: por que contar com a Borgatti Consulting?
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