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Em muitas empresas do setor produtivo, a busca por ganhos operacionais começa pelo caminho mais caro: aquisição de novos equipamentos, automação de processos, digitalização. Mas o que muitas vezes passa despercebido é que a verdadeira mudança começa com pessoas. A capacitação Lean é o ponto de partida mais eficiente para resultados sustentáveis e duradouros.

Essa é uma reflexão importante do 8º episódio do podcast Insights LeanTransformação Lean: Oportunidades e desafios”, uma conversa entre Ricardo Borgatti, sócio‑fundador da Borgatti Consulting, e Milton Rizo, Diretor de Operações Industriais da Blau Farmacêutica. 

Com base em experiências vividas em diferentes setores, Rizo traz aprendizados reais sobre transformações Lean que começaram com mudança de mentalidade, e não com investimentos em ativos. 

Acompanhe!

O verdadeiro desafio da transformação Lean é cultural

Transformar uma operação à luz da filosofia Lean exige muito mais do que aplicar ferramentas ou reorganizar processos. O maior desafio está na cultura. E cultura, no fim das contas, é feita de pessoas. 

Como afirma Milton Rizo

“O maior desafio são as pessoas, porque os sistemas a gente vai adaptar, os processos sempre vão estar baseados em melhorias”.

Ou seja: o maior obstáculo não está na técnica, mas no comportamento. E essa resistência à mudança não se restringe ao chão de fábrica. Ela também aparece nas lideranças, nos comitês estratégicos e nas áreas de suporte, que muitas vezes operam com modelos mentais defasados, centrados em controle de custos e metas isoladas.

Leia também: Transformação Lean Industrial: por que a cultura ainda é a barreira mais difícil de vencer?

Dois níveis de desafio na transformação Lean

A resistência à transformação Lean se apresenta em dois níveis distintos, mas interdependentes:

[H4] Desafio operacional:

Na base da operação, é comum encontrar colaboradores com baixa capacitação técnica, pouca compreensão sobre fluxo de valor e foco restrito em produtividade individual. 

O resultado é um ambiente que executa bem, mas não pensa o sistema como um todo.

[H4] Desafio estratégico:

Nas altas esferas, a resistência é mais sutil, porém igualmente crítica. Muitos gestores ainda operam sob a lógica do sistema empurrado e modelos tradicionais de custeio, ignorando os impactos negativos no fluxo, no caixa e no atendimento ao cliente.

Leia também: Transformações Culturais na Implementação Lean: Como superar resistências organizacionais?

Capacitação Lean industrial: o primeiro passo para transformar resultados

Não há transformação sem formação. Operadores, supervisores e lideranças precisam compreender conceitos como sistema puxado, fluxo nivelado, setup rápido e ritmo de produção baseado na demanda. Mais do que aplicar ferramentas, trata-se de mudar o modo de pensar.

Milton Rizo sintetiza:

“A estabilidade básica será sempre as pessoas. Até para mudar um modelo de pensamento ou um sistema de indicadores, é preciso convencer pessoas disso. Sair de um modelo mental superficial para um mais profundo e analítico. Para implementar um sistema puxado, é necessário ter essa profundidade analítica.”

Essa mudança começa pelo entendimento de que o foco não está apenas na produtividade local, mas na eficiência do fluxo de ponta a ponta.

Liderança: o pilar invisível da transformação

Mais do que pressionar por resultados, a liderança precisa patrocinar a mudança. Isso significa direcionar esforços, garantir coerência entre discurso e prática, envolver outras áreas críticas e sustentar uma cultura de aprendizagem contínua.

Sem esse compromisso no topo, até transformações bem-sucedidas correm o risco de retroceder. Rizo aponta um cenário comum:

“A mudança, se a empresa passar por uma mudança, seja de sucessão, de CEO, de diretor, e não houver essa abertura, mesmo que ele não tenha domínio, mas ele venha com a abertura para tentar entender o novo […] o que não acontece na maioria dos casos.”

Segundo ele, é justamente essa falta de abertura que ameaça a continuidade dos avanços. Novas lideranças, ao não compreenderem ou não se engajarem com o modelo Lean, tendem a retomar práticas anteriores — mesmo que menos eficazes.

Evoluir é formar pessoas para pensar o sistema

A verdadeira evolução da produção não está em novas tecnologias, mas em uma equipe que pensa, decide e age com base em fluxo, demanda e estratégia.

Clique aqui para assistir ao episódio completo com Milton Rizo. Se preferir, ouça no Spotify.

A contribuição da Borgatti Consulting na capacitação Lean industrial

Capacitação Lean não se resume a workshops pontuais ou treinamentos genéricos. Na Borgatti Consulting, ela é tratada como alicerce de uma transformação estrutural, capaz de conectar o chão de fábrica à estratégia da companhia.

Por meio do Programa de Certificação Lean exclusivo, a consultoria forma profissionais em três níveis de domínio (Profissional, Especialista e Expert) com um conteúdo sistêmico, aprofundado e alinhado às exigências reais das operações industriais. 

A abordagem integra teoria, prática e simulações reais, promovendo o domínio de conceitos como fluxo, OEE, setup, sistema puxado, gestão da capacidade e indicadores de resultado Lean. Tudo isso com instrutores experientes, ferramentas aplicáveis e foco em melhoria contínua.

A formação não apenas desenvolve habilidades técnicas, mas transforma a mentalidade de quem opera e lidera os processos. O resultado é um time analítico, com senso de dono, apto a tomar decisões estratégicas e sustentar ganhos, sem depender da aquisição de novas máquinas.

Conheça os diferenciais do programa completo no blog Certificação Lean: Conheça os benefícios para a sua empresa.

Para saber mais sobre a atuação da nossa empresa, leia: Gestão de Operações de Alta Performance: por que contar com a Borgatti Consulting?

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