A escassez de qualificação profissional na indústria é um dos maiores desafios enfrentados pelo setor produtivo no Brasil.
Apesar dos avanços tecnológicos e das crescentes exigências do mercado, muitas empresas ainda encontram dificuldades para contratar trabalhadores preparados para lidar com as demandas operacionais e técnicas do setor.
Inspirado em uma conversa valiosa do Podcast Insights Lean, este blog explora os principais desafios da falta de mão de obra qualificada e os impactos dessa lacuna na produtividade e na competitividade industrial.
No 5º episódio, Ricardo Borgatti, Sócio-Fundador da Borgatti Consulting, recebeu Poatã Casonato, CEO da CDPI PHARMA – Centro de Desenvolvimento Profissional Industrial, para discutir esse cenário crítico na indústria farmacêutica e apresentar soluções inovadoras que podem transformar a capacitação profissional no Brasil.
Acompanhe!
Os desafios da qualificação profissional na indústria
Embora o Brasil tenha um grande número de formados em cursos técnicos e superiores, muitas empresas ainda precisam investir pesadamente em treinamentos internos para que seus funcionários consigam desempenhar suas funções com eficiência.
Como destaca Poatã:
“A gente tinha muita gente formada e, quando chegava até para o nosso laboratório, a própria indústria que eu trabalhei, muitas vezes, com todo respeito, que não sabia pipetar, não tinha aula prática na coisa, e principalmente nas operações, nem no sistema de qualidade.”
(Poatã Casonato, CEO da CDPI PHARMA)
Ou seja, há um grande descompasso entre a teoria ensinada nas instituições de ensino e as habilidades práticas exigidas no dia a dia da indústria.
Dentre os principais desafios enfrentados pelas empresas quando se trata de qualificação profissional na indústria, destacam-se:
1. Falta de aprendizado prático nos cursos técnicos e superiores
Apesar da crescente oferta de cursos técnicos e superiores, muitos profissionais chegam ao mercado sem habilidades operacionais básicas.
O ensino tradicional ainda prioriza a teoria, mas não prepara adequadamente os alunos para a realidade do chão de fábrica. Esse distanciamento faz com que novos contratados precisem de um longo período de adaptação, o que gera custos extras para as empresas.
2. Desconexão entre instituições de ensino e o setor produtivo
Os currículos acadêmicos estão desatualizados e, na maioria dos casos, não acompanham a evolução tecnológica do setor industrial.
Enquanto a indústria avança com novas demandas, a educação formal não evolui na mesma velocidade. Esse desalinhamento faz com que os recém-formados tenham dificuldades em atender às necessidades reais das empresas, agravando ainda mais o déficit de profissionais qualificados.
3. Alto custo e tempo necessário para treinar novos funcionários
Diante da deficiência na formação profissional, as empresas são obrigadas a investir fortemente na capacitação interna dos novos funcionários.
Esse processo demanda tempo e recursos financeiros significativos, impactando a produtividade das operações. Em um mercado competitivo, esse tempo de adaptação pode representar perdas operacionais e menor eficiência na produção.
4. Impactos diretos na produtividade e nos custos da operação
A falta de qualificação profissional na indústria resulta em impactos concretos no dia a dia das empresas. A ausência de conhecimento técnico adequado leva a um maior desperdício de matéria-prima, aumenta os índices de retrabalho e compromete a eficiência dos processos produtivos.
Além disso, equipamentos caros sofrem desgaste prematuro devido ao uso inadequado por profissionais não capacitados, elevando os custos de manutenção e reduzindo a vida útil dos ativos industriais.
Diante desse cenário, investir na educação e capacitação dos trabalhadores é essencial para garantir maior eficiência e redução de custos operacionais.
Segundo Poatã:
“Você tem profissionais que vão diminuir reprocesso, você tem profissionais que vão melhorar e vão evitar quebrar máquinas, porque têm conhecimento daquilo. Você vai ter várias coisas, que é redução de custo, retrabalho. Isso aí, aumente de rendimento de material, menos perda.”
(Poatã Casonato, CEO da CDPI PHARMA)
5. Impacto na qualidade dos produtos e processos
Além de afetar a produtividade e os custos operacionais, a falta de qualificação profissional também impacta diretamente a qualidade dos produtos fabricados.
Profissionais mais preparados garantem processos mais eficientes e um controle de qualidade mais rigoroso, reduzindo falhas, garantindo maior conformidade com normas regulatórias e aumentando a confiabilidade dos produtos no mercado.
Como reforça Poatã:
“Se você tem pessoas com mais consciência, com mais capacitação, você também vai ter um produto mais de qualidade. Além de redução do custo, você tem também uma produtividade com mais qualidade.”
(Poatã Casonato, CEO da CDPI PHARMA)
Ao qualificar melhor seus funcionários, a indústria não apenas reduz desperdícios e falhas operacionais, mas também melhora significativamente a qualidade dos produtos, otimizando processos produtivos e aumentando sua competitividade no mercado. A educação profissional se torna, assim, um diferencial estratégico para empresas que desejam crescer de forma sustentável.
Como enfrentar os desafios da qualificação profissional na indústria?
Para resolver essa lacuna, algumas iniciativas inovadoras estão surgindo, como o CDPI PHARMA, liderado por Poatã Casonato. Diferente dos modelos tradicionais de ensino, essa instituição busca integrar teoria, regulação e prática desde os primeiros meses do curso.
A formação de profissionais alinhados às necessidades reais do setor industrial é um fator essencial para garantir o crescimento sustentável das empresas. Modelos de ensino que aproximam a educação da prática empresarial são fundamentais para resolver esse déficit de qualificação.
No entanto, a transformação da indústria brasileira passa não apenas por iniciativas isoladas, mas também pelo engajamento das próprias empresas em investir na qualificação de seus colaboradores. Programas internos de capacitação, certificações e parcerias com instituições de ensino especializadas podem ser diferenciais para aumentar a produtividade e reduzir desperdícios.

Como preparar sua empresa para esse novo cenário?
Empresas que desejam aumentar sua produtividade, reduzir custos e melhorar a eficiência operacional precisam investir em qualificação profissional na indústria.
Além de buscar programas inovadores como os oferecidos pelo CDPI PHARMA, uma excelente estratégia é adotar certificações reconhecidas que asseguram padrões de excelência.
Um ótimo exemplo é a Certificação Lean, um programa estruturado para garantir que processos sejam otimizados e que as equipes sejam treinadas para trabalhar com eficiência.
Se você quer entender mais sobre como a Certificação Lean pode transformar sua indústria, leia nosso blog completo: Programa de Certificação Lean: Planeje um 2025 de alta performance e resultados transformadores!
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Leia também: Gestão de Operações de Alta Performance: Por que contar com a Borgatti Consulting para alcançá-la?
O futuro da qualificação profissional na indústria
A falta de profissionais qualificados continua sendo um grande obstáculo para o crescimento da indústria brasileira.
No entanto, soluções inovadoras estão surgindo para reverter esse cenário, aproximando a educação das necessidades reais do mercado e permitindo que empresas encontrem mão de obra preparada para os desafios operacionais.
Nos próximos anos, a educação técnica e profissionalizante terá um papel ainda mais crucial para o desenvolvimento industrial. Modelos que unem teoria e prática, como os aplicados no CDPI PHARMA, são caminhos promissores para reverter essa deficiência estrutural.
Se você quer se aprofundar ainda mais no tema e entender como a educação técnica pode tornar a indústria farmacêutica mais competitiva, aguarde nosso próximo artigo, onde exploraremos essa abordagem com mais detalhes.
Enquanto isso, assista ao episódio completo do Podcast Insights Lean com Poatã Casonato para uma visão mais ampla sobre o impacto da qualificação profissional na indústria: Acesse aqui o episódio completo e confira! Se preferir, ouça aqui pelo Spotify!
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