Você tem dificuldade em identificar gargalos e desperdícios em seus processos produtivos? Sua equipe luta para otimizar o fluxo de materiais, informações e ritmo, resultando em altos custos e baixa eficiência? Se essas situações lhe parecerem familiares, você não está sozinho. Muitos gestores industriais enfrentam o mesmo desafio: a falta de uma visão clara do processo produtivo, o que pode comprometer a competitividade da empresa. É exatamente nesse ponto que o Mapa de Fluxo de Valor (MFV) se torna indispensável!!
Com ele, é possível ter uma visão completa de todo o fluxo de produção, permitindo que você identifique ineficiências, elimine desperdícios e maximize a eficiência operacional.
Neste artigo, vamos explorar como elaborar um MFV, destacando seus três pilares fundamentais: Fluxo de Material , Fluxo de Informação e Fluxo de Tempo .
Acompanhe e descubra como essa metodologia pode transformar sua operação!
Explorando o conceito de Mapa de Fluxo de Valor (MFV)
O Mapa de Fluxo de Valor (MFV), ou Value Stream Mapping (VSM), em inglês, é um dos pilares do Lean Manufacturing (Manufatura Enxuta). Sua função é mapear todo o processo produtivo de uma organização.
De fato, ele mostra como os materiais e informações fluem desde a matéria-prima até o produto final, com foco em identificar atividades que não agregam valor.
Na prática, o MFV é uma técnica de fluxograma que utiliza um sistema de símbolos para representar atividades de trabalho e fluxos de informação. Ele analisa o fluxo das etapas e informações do processo, desde a origem até a entrega ao cliente.
Basicamente, o objetivo principal é identificar e eliminar desperdícios, mapeando os itens conforme sua agregação de valor ou não, do ponto de vista do cliente, e buscando erradicar as atividades que não agregam valor.
Para saber mais, leia: “Mapa de Fluxo na Manufatura: Como otimizar o processo produtivo da sua empresa?”. Nesse blog, abordamos como essa ferramenta estratégica melhorou a Visão de Fluxo, ajudando a alinhar toda a operação para maximizar a produtividade e reduzir desperdícios.
Visualização no MFV
Como você acompanhou, o Mapa de Fluxo de valor (MFV) é uma exibição estruturada do fluxo de material e informações.
Normalmente, o material flui da esquerda para a direita, e as informações fluem na direção oposta. Dessa forma, eles ajudam você a entender o estado atual do sistema de fabricação e como podem projetar o estado futuro.
Portanto, o MFV dá informações sobre o tempo de agregação de valor do processo, principais restrições e uma visão global, combinando uma análise qualitativa e quantitativa.
Por que o MFV é tão importante?
VISÃO DE FLUXO:
- Fornece ao todo time o senso de fluxo, estoque e restrições (gargalos);
- Permite a visualização do fluxo de ponta a ponta, o que é difícil avaliar fisicamente no chão de fábrica.
- Traz para qualquer membro do time um entendimento comum e compartilhado da visão completa da realidade do processo.
- É comum haver um bom entendimento da própria área, porém com uma vaga compreensão detalhada sobre etapas anteriores e posteriores.
PRIORIZAÇÃO DE MELHORIAS:
- Sinaliza áreas-chave de desperdícios no processo;
- fornecer pistas sobre as principais causas de desperdícios, como tratativas incorretas de informações, erros de programação, etc.;
- Ajuda a evitar a implementação de técnicas de forma isolada;
- É uma ferramenta tanto qualitativa quanto quantitativa, com a qual você descreve em detalhes como a sua unidade produtiva deveria operar para criar o fluxo, bem como identificar oportunidades de melhorias no fluxo.
A seguir, vamos nos concentrar nos três pilares fundamentais que compõem o MFV: Fluxo de Informação, Fluxo de Materiais e Fluxo de Tempo.
Elaborando o Mapa de Fluxo de Valor: Entenda os 3 Pilares Fundamentais
Agora, vamos entender detalhadamente os três pilares do Mapa de Fluxo de Valor. Afinal, cada um deles oferece uma perspectiva única sobre o processo produtivo e, quando combinados, fornecem uma análise específica e eficaz.
1: Fluxo de Materiais
O fluxo de materiais é o ponto de partida mais comum ao elaborar um MFV. Ele envolve uma análise de como os materiais se movem fisicamente ao longo da cadeia produtiva, desde a coleta da matéria-prima até a entrega do produto final.
Primeiramente, é essencial mapear todos os recursos e rotas pelos quais os materiais passam. Basicamente, isso inclui identificar onde estão os gargalos de produção, as áreas de espera, o ciclo de vida dos produtos e as etapas que não agregam valor.
No fluxo de material, visualizamos as quantidades, tempos de ciclo e rotas de transporte dentro da unidade produtiva. Enfim, essa etapa é crítica para enxergar oportunidades de otimização, seja na entrega de materiais ou na organização do espaço de armazenamento.
Passo a Passo (simplificado) de como fazer:
- Identificar os recursos utilizados na etapa mapeada, assim como quantidade de colaboradores que o operam e quantidade de turnos utilizados (calendário);
- Levantar os produtos que são produzidos e seus respectivos tempos de ciclo por recurso;
- Desenhar as rotas produtivas dos produtos nos recursos;
- Incluir a quantidade demandada de cada produto (demanda mensal);
- Identificar a formação de estoques intermediários para que possam ser dimensionados;
- Calcular o Carga Máquina e Carregamento dos Recursos.
Aqui na Borgatti Consulting, iniciamos o mapeamento pelo fluxo de material, pois é mais tangível e fácil de visualizar.
Nesta etapa, levantamos dados sobre tempos de ciclo, rotas e capacidade de produção, utilizando ferramentas como a matriz de equipamentos e o calendário de produção.
Pilar 2: Fluxo de Informação
Na Borgatti Consulting, paralelamente ao mapeamento do fluxo de materiais, começamos a avaliar o fluxo de informação , que analisa como os dados circulam entre as áreas envolvidas no processo produtivo.
No fluxo de informações, investigamos detalhadamente quem manda para quem, que informação chega, que informação precisa ser enviada, e como entradas e saídas de cada área.
Dessa forma, esse pilar é essencial para entender o papel das informações na cadeia de suprimentos. Muitas vezes, problemas de comunicação ou falhas no compartilhamento de dados resultam em atrasos, retrabalhos ou desperdícios.
Assim, o mapeamento do fluxo de informação permite visualizar claramente quais áreas estão envolvidas, onde e por quem os dados são processados.
Consequentemente, isso ajuda a identificar oportunidades para melhorar a comunicação e garantir que as informações fluam corretamente, de maneira que cheguem ao local certo no momento certo.
Portanto, esse fluxo é essencial para garantir que as decisões tomadas no chão de fábrica sejam compatíveis com as necessidades da operação e as expectativas dos clientes.
No Mapa de Fluxo de Valor (MFV), o fluxo de informações geralmente é colocado na parte superior do mapa, o fluxo de materiais fica no meio e o fluxo de tempo na parte inferior.
Passo a Passo (simplificado) de como fazer:
- Entrevistar as áreas envolvidas levantando as atividades relacionadas ao fluxo analisado;
- Levantar possíveis feedbacks e feedforwards durante o processo;
- Acompanhar os processos no GEMBA para identificar possíveis exceções e desvios do que foi inicialmente levantado
- Desenhar o fluxo de informação, correlacionando com o Fluxo de Material
Leia também: Gemba Walk: Importância e passos para implementação
Pilar 3: Fluxo de Tempo
Por fim, o fluxo de tempo é o terceiro pilar do MFV e está diretamente relacionado ao tempo necessário para que os materiais avancem em cada etapa do processo produtivo.
Basicamente, ele mapeia o tempo de ciclo, o tempo de espera e o lead time total de cada atividade, ajudando a entender quanto esse tempo agrega valor ao produto e quanto representa desperdício. Esse pilar é essencial para avaliar o desempenho do processo.
Veja um exemplo:
Por exemplo, uma análise de fluxo de tempo pode revelar que um produto passa 95% do tempo em espera, aguardando processamento, e apenas 5% em atividades que agregam valor.
Portanto, isso pode ser um indício de má dimensionamento de estoques intermediários, acarretando um aumento demasiado em relação ao WIP crítico e gerando um Lead Time Total aquém do esperado.
Identificar e reduzir o tempo ocioso, sem impactar na capacidade produtiva da empresa, pode aumentar significativamente a eficiência operacional e propiciar reduções agressivas de estoque.
[H4] Dica da Borgatti Consulting:O fluxo de tempo é geralmente mapeado após o fluxo de materiais e é o resultado de uma análise detalhada que inclui o tempo de ciclo, lead time e quanto tempo cada atividade permanece em espera. Além disso, o cálculo de dimensionamento de FIFO é utilizado para dimensionar corretamente os estoques intermediários.
Dito isso, reduzir essa diferença entre o tempo de espera e o tempo que agrega valor pode representar uma grande oportunidade para melhorar o desempenho operacional
Como esses pilares se integram no MFV?
Ao elaborar um Mapa de Fluxo de Valor (MFV), a integração dos três pilares — Fluxo de Materiais, Fluxo de Informação e Fluxo de Tempo — é essencial para criar uma visão coesa do processo produtivo.
Quando mapeados em conjunto, esses pilares fornecem uma análise profunda e completa, permitindo identificar gargalos, desperdícios e oportunidades para melhorar a eficiência.
A integração desses pilares fornece uma Visão de Fluxo, facilitando a eliminação de atividades que não agregam valor e impulsionando a eficiência operacional.
Ao unificar essas informações, sua empresa pode reduzir custos, diminuir tempos de produção e melhorar a qualidade dos produtos.
Como vimos, a implementação do MFV vai além de uma simples ferramenta de diagnóstico; ela é uma estratégia poderosa para aumentar a competitividade e otimizar a operação.
Conte com a Borgatti Consulting na elaboração do seu Mapa de Fluxo de Valor!
Se você deseja transformar a gestão de seus processos, a Borgatti Consulting está pronta para ajudá-lo!
Com a nossa experiência, sua empresa poderá implementar o MFV de maneira eficaz, obtendo resultados concretos na otimização de seus processos produtivos. Entre em contato conosco agora mesmo e saiba como podemos ajudá-lo!
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