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Você já se deparou com indicadores de produtividade aparentemente positivos, mas que não se traduzem em resultados reais para a operação? Produzir mais não significa, necessariamente, produzir melhor — especialmente quando os custos sobem, a qualidade cai ou o nível de serviço não acompanha o ritmo.

Em muitas indústrias, o esforço da equipe não se converte em desempenho sustentável. Isso acontece quando os indicadores medem apenas volume, ignorando fatores como padrão, eficiência, equilíbrio de recursos e impacto no cliente. E mais: metas mal definidas, baseadas em números descolados da realidade, geram distorções, sobrecarga e decisões frágeis.

Neste blog, vamos revisar os principais indicadores de produtividade usados na indústria, explicar como interpretá-los corretamente e alertar sobre erros comuns que mascaram o real desempenho da fábrica. Mais do que medir, o foco está em entender: o que seus indicadores realmente revelam?

Continue a leitura e veja como usar dados com clareza para impulsionar produtividade de forma inteligente, padronizada e sustentável.

Indicadores de produtividade: quais são e como utilizá-los corretamente

Os indicadores de produtividade são ferramentas essenciais para medir a eficiência e eficácia das operações industriais. Entre os principais, destacam-se:

  • Eficiência técnica: mede a relação entre a produção real e a capacidade teórica dos equipamentos.
  • Produtividade da mão de obra: avalia a quantidade de produtos fabricados por hora ou por funcionário.
  • Produção por turno: analisa a quantidade produzida em cada turno de trabalho, permitindo identificar variações e oportunidades de melhoria.
  • Custo unitário: indica o custo médio de produção por unidade, considerando todos os custos da operação.

Utilizar esses indicadores de forma integrada e alinhada aos objetivos estratégicos da empresa é fundamental para uma gestão eficaz.

Interpretando corretamente os indicadores de produtividade

A interpretação adequada dos indicadores de produtividade requer a compreensão das variações que podem ocorrer nos processos industriais. Essas variações podem ser classificadas como:

  • Variações naturais: ocorrem devido a flutuações normais no processo e não indicam necessariamente um problema.
  • Variações estruturais: resultam de mudanças significativas no processo ou no ambiente de produção, como a introdução de novos equipamentos ou alterações na equipe.
  • Variações por gargalo: decorrentes de restrições específicas em etapas do processo que limitam a capacidade produtiva.

Identificar corretamente o tipo de variação é crucial para tomar decisões assertivas e implementar melhorias eficazes.

Alertas de má interpretação: produtividade alta nem sempre é sinal de eficiência

Uma produtividade aparentemente alta pode mascarar problemas sérios na operação. Alguns sinais de alerta são:

  • Produtividade com qualidade baixa: aumento na produção acompanhado de aumento nos defeitos ou retrabalhos.
  • Produtividade com excesso de horas extras: atingir metas às custas de jornadas excessivas, levando ao desgaste da equipe e aumento de custos.
  • Produtividade com nível de serviço baixo: entregas dentro do prazo, mas com falhas na qualidade ou na conformidade com as especificações do cliente.
  • Custo unitário baixo com estoque em excesso: essa situação é a mais comum em empresas sem visão lean. Por conta de metas mal desenhadas acabam aumentando a quantidade produzida (geralmente do item de mais fácil produção, que normalmente já está em excesso) com o único objetivo de melhorar o indicador de custo unitário, totalmente desalinhado com a demanda efetiva.

Essas situações indicam que a produtividade está sendo alcançada de forma insustentável, comprometendo a eficiência e a competitividade da empresa.

A relação entre produtividade e melhoria contínua

A busca por produtividade deve estar alinhada à cultura de melhoria contínua, um dos pilares do Lean Manufacturing. Isso implica em:

  • Indicador certo, comportamento certo: buscar o atingimento de indicadores sem visão sistêmica é o melhor jeito de trazer prejuízos para a companhia.
  • Padronização de processos: estabelecer procedimentos claros e consistentes para reduzir variações e desperdícios.
  • Capacitação da equipe: investir no desenvolvimento dos colaboradores para que possam identificar e solucionar problemas de forma proativa.
  • Monitoramento constante: acompanhar os indicadores de produtividade em tempo real para detectar desvios e implementar ações corretivas rapidamente.

Integrar produtividade e melhoria contínua é essencial para alcançar resultados sustentáveis e manter a competitividade no mercado.

Leia também: Liderança e produtividade: o que justifica 40% de diferença entre fábricas idênticas? 

Produtividade industrial: seus números sustentam a sua operação?

Como vimos, produtividade não é apenas um número alto na planilha — é o reflexo da eficiência real da operação, medida com critério, contexto e foco no cliente. 

Indicadores mal interpretados podem sustentar metas ilusórias e ocultar gargalos que comprometem toda a cadeia de valor.

Na Borgatti Consulting, ajudamos sua empresa a traduzir produtividade em gestão orientada por dados. Com uma abordagem estruturada, aplicamos práticas Lean para desenhar indicadores que revelem a realidade da operação, sustentem decisões estratégicas e impulsionem resultados consistentes.

Entre em contato conosco e transforme seus indicadores de produtividade em ferramentas reais de melhoria e competitividade.

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