Foresight Estratégico é essencial para empresas que querem se antecipar às mudanças e garantir sua competitividade no futuro. Entretanto, sua adoção enfrenta diversas barreiras nas organizações.
No 4º Podcast Insights Lean, Ricardo Borgatti conversou com Jaqueline Weigel, consultora de Strategic Foresight na W Futurismo, sobre como empresas podem integrar essa abordagem ao planejamento estratégico. No último blog, exploramos como implementar o Foresight na indústria (leia aqui). Hoje, vamos discutir os principais desafios que impedem sua adoção nas organizações e como superá-los.
Continue a leitura e entenda por que muitas empresas ainda resistem a essa abordagem – e por que isso pode ser um risco para a sua competitividade.
O mindset curto-prazista e os desafios do Foresight nas empresas
A visão de curto prazo ainda predomina na maioria das empresas, especialmente em culturas empresariais tradicionais. Muitos líderes não incorporam o pensamento estratégico de longo prazo porque são pressionados por resultados imediatos.
Como destaca Jaqueline Weigel:
“O que me impressiona é a pobreza da visão de futuro nas empresas brasileiras. Eu não compro passagem de avião sem destino. Então, nenhuma estratégia sem um destino, sem uma visão de longo prazo, para mim faz sentido.”
(Jaqueline Weigel, consultora de Strategic Foresight na W Futurismo)
Sem uma visão clara para os próximos 10 ou 15 anos, as empresas ficam presas a melhorias incrementais, em vez de preparar seus modelos de negócios para mudanças estruturais no mercado.
Foresight e as pressões do mercado por resultados imediatos
A resistência ao Foresight Estratégico também vem da dinâmica do mercado, onde muitas empresas são pressionadas a entregar retornos rápidos para acionistas e investidores.
Relatórios trimestrais e metas agressivas de curto prazo muitas vezes levam a decisões estratégicas que priorizam a estabilidade momentânea, sacrificando a sustentabilidade do negócio a longo prazo.
Esse conflito entre curto e longo prazo coloca os CEOs em uma posição desafiadora, pois a necessidade de equilibrar inovação e crescimento sustentável nem sempre é compatível com a expectativa de resultados imediatos.
Como ressalta Jaqueline Weigel:
“Mas há CEOs que confrontam conselhos e dizem: ‘Não terá retorno imediato. Se sou eu que vocês querem aqui, não vai ter retorno imediato. Eu vou cuidar do presente, eu vou inovar e eu vou cuidar do futuro.’ É isso? Ok.”
(Jaqueline Weigel, consultora de Strategic Foresight na W Futurismo)
Ou seja, os líderes que tentam implementar uma visão estratégica mais robusta precisam estar preparados para desafiar a mentalidade de curto prazo do mercado.
No entanto, essa mudança exige não apenas coragem, mas também uma abordagem estruturada para alinhar a organização a uma mentalidade de futuro.

Foresight e a falta de compreensão sobre a Transformação Digital
Muitas empresas não adotam o Foresight Estratégico porque não compreendem o impacto real da transformação digital.
Tecnologias emergentes, como inteligência artificial, blockchain e manufatura avançada, estão redefinindo indústrias inteiras. No entanto, muitos gestores acabam caindo em dois extremos:
- Ignorar a inovação, acreditando que ela não impactará seu setor.
- Apostar em modismos sem uma estratégia clara, adotando tendências como o metaverso, ESG e IA sem avaliar se realmente fazem sentido para o negócio.
Jaqueline alerta para o risco desse segundo cenário, destacando como o desequilíbrio na adoção de novas tecnologias pode levar a erros estratégicos:
“A falta de conhecimento pragmático traz desequilíbrio. Há dois anos era só metaverso, agora é ESG e IA. Isso é uma marola ou um fato? Isso é um erro estratégico.”
(Jaqueline Weigel, consultora de Strategic Foresight na W Futurismo)
Ou seja, o problema não está na tecnologia em si, mas na forma como as empresas reagem a ela. Em vez de simplesmente seguir tendências, é essencial que os líderes empresariais estruturem um roadmap tecnológico baseado em análise de cenários, impactos e aplicabilidade real para o negócio.
Construindo o caminho para o Foresight Estratégico nas organizações
Superar essas barreiras não acontece de forma instantânea. A transição de uma empresa para uma mentalidade de longo prazo e um modelo de gestão baseada em cenários futuros exige uma estrutura bem definida.
O primeiro passo para qualquer organização que deseja implementar Foresight Estratégico é o letramento de futuros.
Como aponta Jaqueline Weigel, “se os líderes empresariais não compreenderem os fundamentos dessa abordagem, não há como iniciar discussões estruturadas sobre o futuro”.
Após o letramento, a empresa pode estruturar sua jornada para integrar o Foresight ao planejamento estratégico. Esse processo inclui formação de um comitê interno, monitoramento contínuo de sinais e tendências e construção de cenários estratégicos para embasar as decisões empresariais.
Se você deseja entender como aplicar esses passos na sua organização, confira nosso blog anterior, onde detalhamos o caminho para implementar o Foresight Estratégico na indústria: Foresight Estratégico na Indústria: Como antecipar o futuro e ganhar competitividade?
Sua empresa está preparada para o futuro?
Como vimos, o Foresight Estratégico não é um luxo, nem uma iniciativa isolada – é uma necessidade para qualquer organização que deseja continuar relevante nos próximos anos.
No entanto, ainda há muitas organizações que falam sobre perenidade, mas não estruturam ações para garantir o futuro.
Agora que você entende os desafios da adoção do Foresight e os primeiros passos para sua implementação, sua empresa está pronta para começar essa jornada? Se você quer se aprofundar no tema, clique aqui para assistir ao episódio completo do podcast.
Na Borgatti Consulting, acreditamos que excelência operacional e inovação andam juntas. Ajudamos empresas a implementar estratégias robustas e sustentáveis, garantindo que elas não apenas acompanhem as mudanças, mas liderem o futuro do seu setor. Entre em contato conosco e descubra como sua indústria pode alcançar resultados consistentes e sustentáveis.
Para saber sobre como podemos ajudar sua empresa, leia: Gestão de Operações de Alta Performance: Por que contar com a Borgatti Consulting para alcançá-la?
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