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Ferramentas Lean como 5S, SMED, Kanban e Kaizen são amplamente conhecidas e aplicadas na indústria. Mas, sozinhas, elas não são capazes de promover uma transformação real. Muitas empresas adotam essas práticas com boas intenções, mas sem uma governança clara e sem alinhamento estratégico, os resultados acabam sendo superficiais e temporários. O que falta? Uma visão sistêmica que integre processos, áreas e decisões com base em fluxo e demanda real.

Neste blog, inspirado no episódio 8º episódio do podcast Insights Lean “Transformação Lean: Oportunidades e desafios” com Milton Rizo, Diretor de Operações Industriais da Blau Farmacêutica, mostramos por que aplicar ferramentas Lean de forma isolada gera apenas melhorias pontuais, e como evitar esse erro com um modelo de gestão Lean orientado por governança, estratégia e resultados sustentáveis.

Acompanhe!

Ferramentas Lean não bastam: o erro mais comum da indústria

A crença de que a simples adoção de ferramentas Lean garante resultados sustentáveis ainda é muito comum. Muitas empresas investem em programas de 5S, aplicam eventos de Kaizen ou padronizam o uso de Kanban sem repensar sua estrutura de planejamento, seus indicadores ou sua forma de tomar decisões.

Na visão da Borgatti Consulting, a transformação Lean na indústria vai muito além de um projeto com etapas definidas. Trata-se de uma jornada contínua, que exige disciplina, consistência e participação ativa das pessoas. 

Aplicar ferramentas como SMED, 5S ou Kanban de forma isolada não é suficiente. Elas só geram impacto real quando fazem parte de uma governança sólida, orientada por fluxo e sustentada por uma direção estratégica bem definida.

Leia também: Transformação Lean Industrial: por que a cultura ainda é a barreira mais difícil de vencer?

Ferramentas Lean “aleatórias” não formam uma governança Lean

No episódio do podcast, Milton Rizo foi direto ao ponto ao relatar sua vivência no setor farmacêutico após passagem pelo setor automotivo:

“Existem as outras empresas que colocam algum sistema, mas são ferramentas aleatórias ali. O modelo completo de uma governança Lean é a Toyota que traz, até mesmo pelo sistema Toyota de produção.”

(Milton Rizo)

Segundo ele, a maior parte das implementações vistas nas indústrias se resume a fragmentos, onde ferramentas são aplicadas sem conexão com uma lógica de governança ou sem o devido patrocínio da alta liderança.

“Esse primeiro contato com uma discussão um pouco mais abrangente… Quando a gente fala mais abrangente, vocês usam uma palavra muito forte, que é a governança, é isso mesmo. Ela envolve um alinhamento até da alta direção, e uma transformação completa desde a forma de planejamento, programação de produção e materiais, organização e fluxo. Enfim, tem uma abrangência que é muito mais do que 5S, igual o pessoal acredita, Kaizen, etc.”

(Milton Rizo)

Leia também: Transformações Culturais na Implementação Lean: Como superar resistências organizacionais?

Governança Lean: a espinha dorsal da transformação

Um dos pontos centrais trazidos por Milton Rizo é que sem uma governança Lean clara, não há transformação sustentável. Isso significa ter:

  • Separação entre os níveis estratégico, tático e operacional
  • Uma estrutura de decisão orientada por fluxo, demanda e capacidade; 
  • Uma nova lógica de medição de desempenho, onde o foco deixa de ser o custo unitário ou a ocupação plena das linhas e passa a ser o nível de serviço, a cadência e o equilíbrio dos gargalos. 

Na prática, isso exige repensar desde o planejamento da produção até o papel das áreas de finanças e controladoria, muitas vezes ainda presas a modelos de custeio ultrapassados, que não refletem a realidade do fluxo produtivo.

Ferramentas só funcionam com direção estratégica

A maior parte das indústrias ainda confunde ferramentas com estratégia. O próprio Rizo comenta que em muitas de suas experiências anteriores havia uma área de “excelência operacional”, mas que atuava apenas com foco em melhorias de processo ou redução de custos pontuais. Faltava uma visão de transformação.

É nessa hora que o Lean deixa de ser uma agenda de produtividade e se torna uma agenda de gestão.

Quando a governança Lean evita milhões em investimentos

Um dos momentos mais emblemáticos do episódio é quando Milton Rizo relata um projeto em que dois grandes investimentos — que somavam até R$ 40 milhões em CAPEX — estavam prontos para ser executados, com base em indicadores distorcidos. A operação trabalhava com três turnos e parecia não ter mais capacidade.

Mas tudo mudou com a chegada de um diagnóstico técnico profundo, conduzido com apoio da Borgatti Consulting.

Trata-se do maior grupo farmacêutico-veterinário brasileiro. E foi exatamente a implementação de um modelo de governança Lean robusto, com visão de fluxo e demanda, que permitiu:

  • Cancelar os projetos de expansão; 
  • Reduzir de 3 para 2 turnos; 
  • Diminuir o backorder de 30% para 0,8% em um ano; 
  • Melhorar o fluxo de caixa; 
  • Ganhar produtividade com menos recursos. 

Leia o blog completo desse case: Como o maior grupo farmacêutico-veterinário brasileiro evitou um investimento de R$ 40 milhões com Lean: um case de transformação real.

O modelo da Borgatti Consulting de governança Lean

No projeto citado, a Borgatti Consulting foi responsável por estruturar uma governança Lean com base em:

  • Mapeamento do fluxo real de valor; 
  • Reestruturação do modelo de S&OP, integrando marketing, operações e financeiro; 
  • Revisão completa dos indicadores usados para decisões de investimento; 
  • Alinhamento entre o planejamento estratégico e as decisões operacionais. 

O modelo de governança se tornou o centro da transformação, conectando o sistema puxado à demanda real e capacitando a operação a responder com eficiência e agilidade, sem depender de investimentos milionários.

Conclusão: Ferramentas Lean sem direção é desperdício

Se sua indústria já adotou ferramentas Lean, mas continua patinando nos resultados, talvez o problema não esteja na execução, e sim na falta de governança. 

5S, Kaizen e Kanban não funcionam como “atalhos” para excelência operacional. Eles precisam estar inseridos em um modelo que conecta estratégia, tática e operação.

A experiência compartilhada por Milton Rizo no episódio 8º episódio do podcast Insights Lean mostra com clareza: é possível transformar uma operação sem aumentar recursos, desde que haja visão, método e governança.

Se você quer sair da zona de melhorias pontuais e alcançar uma transformação real e duradoura, fale com a Borgatti Consulting

Quer ser o próximo case de sucesso Lean? Fale com nossos especialistas e descubra como construir um modelo de gestão que gera resultados consistentes e evita investimentos desnecessários.

Para conhecer mais sobre a nossa abordagem, leia: Gestão de Operações de Alta Performance: Por que contar com a Borgatti Consulting para alcançá-la? Saiba mais: Operação Lean bem-sucedida é com a Borgatti Consulting!

Clique aqui para assistir ao episódio completo com Milton Rizo. Se preferir, ouça no Spotify.

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