Em muitas indústrias, a operação evolui, melhora, reduz desperdícios, mas os números continuam contando uma história incompleta. O DRE parece não refletir o que acontece no chão de fábrica. Os indicadores não conversam com o caixa e decisões estratégicas seguem sendo tomadas com base em medições ultrapassadas. O problema? Está no modelo contábil. Lean Accounting surge como uma alternativa concreta para romper essa lógica. Ele propõe um novo olhar para a contabilidade gerencial, mais alinhado à realidade operacional, orientado por fluxo, geração de valor e resultados sustentáveis.
Este blog foi desenvolvido a partir do episódio #12 do Podcast Insights Lean, com Ricardo Borgatti, Roberto Aguiari e José E. Balian, autores do livro recém-lançado “Finanças para Operações Enxutas | Lean Accounting | Descubra como alinhar finanças e operações para potencializar os resultados da indústria”. A obra, inédita no Brasil, propõe um rompimento com a lógica contábil tradicional que limita a competitividade de empresas industriais.
Acompanhe este conteúdo até o final e descubra como repensar a forma como sua empresa mede, decide e gera lucro.
A origem do problema: um sistema contábil criado para arrecadar, não para decidir
“Na Borgatti Consultoria, a gente vem enfrentando desafios do alinhamento com finanças e operações industriais. Temos mais de 30 anos de experiência no desenvolvimento de soluções de operações de alta performance. E com esses desafios, nós resolvemos até desenvolver um livro sobre Lean Accounting para a realidade brasileira, para poder ajudar na tomada de decisões. Com isso, temos observado que alguns desafios são permanentes mesmo.”
(Ricardo Borgatti)
Boa parte dos desafios empresariais vem de uma raiz silenciosa: o modelo contábil tradicional. Criado no início do século XX, seu foco era fiscal: valorizar os estoques e apurar rapidamente o imposto de renda, garantindo a arrecadação. Ele oficializou o custo por absorção e institucionalizou o rateio de custos fixos. Resultado? Um sistema que transfere custos para os produtos e cria relatórios que não refletem a realidade operacional.
Mesmo que o produto não seja vendido, ele “absorve” custos, criando a ilusão de lucro onde há prejuízo. Essa lógica ainda é perpetuada por ERPs e práticas gerenciais pouco questionadas. E é nesse ponto que muitas empresas enxutas perdem força: seus relatórios não acompanham suas melhorias operacionais.

A confusão entre custos fixos e variáveis: o primeiro ruído entre finanças e operações
“Um dos desafios muito significativos que envolve o demonstrativo de resultado é justamente a dificuldade do executivo classificar corretamente o custo fixo e o custo variável. Se faz muita confusão, parece fácil, mas se faz muita confusão, se coloca o custo fixo no variável, o variável no fixo, isso tem uns impactos significativos no resultado.” (José E. Balian)
Quando os custos são mal classificados, os indicadores se tornam enganosos. E se a base da decisão está distorcida, os planos estratégicos seguem o mesmo caminho. Empresas que operam com excelência industrial, mas se baseiam em relatórios tradicionais, podem estar tomando decisões equivocadas diariamente (sem saber).
O Lean Accounting propõe rever essas categorias. O que é fixo, o que é variável, o que agrega valor? E mais importante: como isso impacta o caixa, o ponto de equilíbrio, a rentabilidade real? É esse novo olhar que transforma finanças em suporte para a operação, e não em um obstáculo.
A armadilha do lucro no estoque: quando o DRE distorce a performance
Muitas indústrias operam no automático: perseguem volume e custo unitário baixo como metas de desempenho. Mas isso pode esconder um dos maiores riscos operacionais: o lucro ilusório. Ao estocar produtos, transfere-se custo fixo para o estoque. A empresa aparenta lucrar, mesmo sem ter vendido o suficiente.
Esse modelo incentiva a superprodução, pressiona o caixa, ocupa espaço de armazenagem e distorce preços. O problema não está na produção em si, mas na lógica de medição. O DRE tradicional não mostra claramente o impacto disso. E é por isso que muitas mudanças operacionais são ignoradas ou mal interpretadas, porque o relatório “manda” mais do que a realidade do chão de fábrica.
“É um indicador complicado, porque ele incentiva você a produzir mais do que vende e, às vezes, produzir o que não vende. Porque vai se buscar produzir o item que é mais fácil, que dá mais unidades, mais volume e acaba gerando um monte de estoque e, muitas vezes, a empresa se vê em dificuldade de ter produto faltando e tem que estar fazendo uma promoção, queimando o estoque de um produto que está lá em excesso, sobrando, etc. E isso afeta o resultado no DRE da forma que, quanto mais eu produzo, mais custo fixo eu jogo para dentro do produto e, se o produto fica no estoque, ele não entra no resultado.” (Roberto Aguiari)
Lean Accounting: um novo modelo de decisão, orientado por fluxo e valor
Lean Accounting é mais do que uma técnica contábil. É uma nova forma de enxergar a gestão empresarial. Em vez de relatórios que agradam ao fisco, propõe uma contabilidade voltada à gestão: clara, acessível e baseada no que realmente importa para a empresa crescer.
Na obra “Finanças para Operações Enxutas”, você vai encontrar:
- Um modelo de DRE Gerencial Lean alinhado ao pensamento enxuto;
- Ferramentas para medir a geração de caixa operacional e ponto de equilíbrio real;
- Exemplos de aplicação, com resultados comprovados;
- Um modelo mental prático para integrar finanças e operações com foco em resultado.
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Lean Accounting: Rompa com o modelo tradicional. Traga clareza para a sua gestão
“Lucro sustentável nasce quando finanças e operações param de competir e começam a cooperar.”
(Frase extraída do Livro: “Finanças para Operações Enxutas”)
A Borgatti Consulting tem acompanhado dezenas de empresas industriais na transição para um modelo contábil que gera valor, não distorção. Se você sente que sua contabilidade não reflete o que acontece na operação, é hora de mudar!
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