As armadilhas da contabilidade tradicional continuam presentes na gestão de muitas indústrias, influenciando decisões críticas de precificação, produção, investimentos e gestão de estoques.
Mesmo com a evolução dos sistemas de gestão e automação, muitas dessas práticas persistem, com impactos significativos sobre o caixa, os resultados reais e a sustentabilidade do negócio.
No livro “Finanças para Operações Enxutas”, os especialistas Ricardo Borgatti, Roberto Aguiari e José E. Balian reúnem, no capítulo 11, nove exemplos práticos de decisões ruins que ainda são comuns em empresas industriais.
A seguir, veja quais são essas armadilhas, e como elas distorcem a realidade financeira da operação.
9 armadilhas da Contabilidade Tradicional
Cada uma dessas armadilhas representa uma decisão comum e perigosa que ainda impacta indústrias de todos os portes. Veja quais são.
1. Utilizar o máximo da capacidade para manter o custo baixo
Parece lógico usar toda a capacidade produtiva para diluir custos, mas isso leva à superprodução, aumento de estoques, desperdício e desconexão com a demanda real.
2. Reduzir o tempo de processos fora do gargalo
Reduzir tempos em processos que não são gargalos não gera aumento de produtividade nem ganhos reais. Pode até aumentar o estoque em processo e prejudicar o fluxo.
3. Inviabilizar produtos por margem bruta baixa ou negativa
Basear decisões na margem bruta contábil pode levar ao corte de produtos que, na prática, contribuem positivamente com o caixa e a sustentabilidade da operação.
4. Deixar que variações de custo no curto prazo influenciem a precificação
Oscilações no custo por absorção distorcem preços e confundem a área comercial. A empresa passa a viver em uma gangorra de preços e rentabilidades instáveis.
5. Terceirizar para reduzir o custo do produto
Comparações equivocadas entre o custo interno (cheio de rateios) e o custo do terceiro (parcial) levam a terceirizações que não trazem ganho real e ainda mantêm custos fixos dentro da empresa.
6. Inviabilizar novas plantas ou equipamentos por aumento de custo contábil
Novas plantas e equipamentos, mesmo mais eficientes, muitas vezes são subutilizados ou evitados porque, contabilmente, parecem mais caros — efeito do aumento da depreciação e baixa ocupação inicial.
7. Ver a redução de estoques como aumento de custo ou ociosidade
Reduzir estoques, alinhando produção à demanda, pode gerar ociosidade momentânea, mas libera caixa e prepara a empresa para um crescimento sustentável.
8. Reduzir mão de obra direta para cortar custos
A demissão de operadores diante de queda nas vendas gera perda de know-how, instabilidade no arranjo produtivo e, muitas vezes, nem reduz os custos reais.
9. Aumentar as vendas oferecendo maiores prazos aos clientes
Vendas com prazos longos geram lucro “falso”. O caixa não entra, os recebíveis aumentam e a empresa compromete seu fôlego financeiro.
Como evitar as armadilhas da contabilidade tradicional
Como você acompanhou, as armadilhas da contabilidade tradicional ainda dominam o pensamento gerencial de muitas indústrias. Elas mascaram o que realmente importa: geração de valor, sustentabilidade financeira e decisões baseadas no fluxo real de caixa.
Se sua empresa convive com essas situações, o livro “Finanças para Operações Enxutas | Lean Accounting | Descubra como alinhar finanças e operações para potencializar os resultados da indústria” é leitura essencial!
Nele, os autores, Ricardo Borgatti,Roberto Aguiari e José E. Balian, mostram como aplicar o pensamento Lean para conectar operações e finanças com foco em resultados reais.
A obra, inédita no Brasil, propõe um rompimento com a lógica contábil tradicional que limita a competitividade de empresas industriais. Clique aqui para saber mais sobre o conteúdo do livro e adquira já o seu exemplar na Amazon!
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